O Envolvimento Emocional e seus Impactos nos Investigadores de Crimes Contra a Vida da PJ.
Por Dr. Pedro Maia
Coordenador de Investigação Criminal da Polícia Judiciária.
“A morte é um fenómeno natural que consiste na cessação das funções vitais de todos os seres vivos. Por instinto de sobrevivência, inato, todos os seres vivos tendem a prolongar a vida até ao limite das suas possibilidades.
O Homem, como ser racional e emocional, associa também as suas emoções ao processo que envolve a sua finitude, surgindo então uma carga extremamente negativa em relação à finitude, quer seja em relação a si próprio, quer seja em relação a terceiros.
A morte ou a finitude da vida é, por regra, um tema tabu entre os seres humanos e, muitas vezes, o Homem age na vida como se fosse viver para sempre.
A morte é o desfecho esperado para todos os seres vivos, tratando-se de um fenómeno natural, através do envelhecimento celular, mas que muitas vezes é antecipado pela ação de terceiros quer seja de natureza criminosa ou não.
É neste contexto da morte de seres humanos por ação criminosa de terceiros que se desenvolve a ação profissional dos investigadores da Polícia Judiciária que se dedicam à investigação de crimes de homicídio.
Existem muitos estudos acerca do impacto psicológico nos profissionais de saúde em relação ao “luto profissional”, ou seja, em relação à morte de pacientes a quem os profissionais dedicam o melhor do seu saber e da sua entrega incondicional, que revelam que estes profissionais acabam por criar mecanismos de autodefesa que levam à denominada “profissionalização” da morte.”
Para ler o artigo completo, subscreva a nossa Magazine – BioHazMag