Um Homicida Sofre de Patologia Mental?
Por Dra. Margarida Oliveira
Mestre em Saúde Mental
“Em 2007 fiz mestrado em Saúde Mental na Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, onde realizei um estudo com homicidas. A amostra era constituída por 44 homens e 26 mulheres que estavam a cumprir pena em Estabelecimentos Prisionais da região da grande Lisboa. O tema da tese era: Homicídio e Doença Mental e tinha como principal objetivo contribuir para a caracterização dos homicidas em Portugal, expondo caraterísticas que colocam determinadas pessoas numa maior probabilidade de passarem ao ato, bem como as realidades situacionais subjacentes.
Os resultados obtidos permitiram-nos ter uma ideia das características gerais da amostra percebendo de imediato onde se encontravam os principais fatores de risco, vetores fundamentais bem visíveis nesta investigação: consumo de substâncias e violência doméstica.
Hoje, passados quinze anos a revista Biohazmag convida-me para colaborar com um texto com o tema: Um homicida sofre de patologia mental? A grande questão que sempre se colocou!
Vamos começar por relembrar alguns importantes investigadores da matéria.
Lombroso, apelidado de “pai da criminologia”, propôs uma teoria do crime que defendia a existência de uma predisposição inata nos criminosos, mas nos últimos trinta anos assistiu-se à consideração de fatores biológicos, sociais e psicológicos com indispensáveis para a compreensão da etiologia.
Mas o que é a Doença Mental? A Doença mental, segundo a Organização Mundial de Saúde, envolve condições que promovem mudanças na emoção, pensamento ou comportamento (ou uma combinação destas). As doenças mentais estão todas categorizados no DSM-IV, no entanto, temos de ter em atenção a sua associação a problemas de funcionamento em atividades sociais, de trabalho ou familiares.”
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