Funerária das Condominhas

É algo que não existe, uma falácia, portanto. A Natureza diz-nos que nada é 100% seguro, muito menos quando atravessamos uma crise sanitária provocada pelo SARS-CoV-2. Apesar do setor funerário não ter muitos pontos em comum com o setor alimentar, podemos aproveitar algumas das suas ferramentas, como a Análise de Riscos e Controlo de Pontos Críticos (sigla em inglês HACCP). Ou seja, uma abordagem minuciosa por pontos críticos é essencial, no sentido de minimizar a possibilidade de exposição a um risco.  Para tal, será oportuno colocar todas as operações e procedimentos relacionados com o funeral num fluxograma e construir uma árvore de decisões que explane as opções. Assim, será evidente que há dois momentos em separado: o transporte e preparação do corpo numa primeira fase e, mais tarde, a apresentação do corpo e as cerimónias.

Relativamente à preparação do corpo, os pontos críticos serão todas os procedimentos relacionados com o tamponamento e com a relação temperatura/tempo de conservação.  Convém relembrar que até ao correto tamponamento, devemos considerar o pior senário possível, considerando que o corpo a tratar estará contaminado com o pior cocktail de doenças infectocontagiosas, e que, após tal operação, temos os nossos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) contaminados. Idealmente, segue-se o descarte dos EPI’s e a higienização do operador de forma a evitar contaminações cruzadas. Com os orifícios naturais corretamente tamponados e o corpo corretamente higienizado passamos a ter uma razoável margem de segurança. No entanto, devemos ter presente a máxima de que “cada caso é um caso”. Isto não é um simples cliché, porque existem muitas variáveis de que o operador não tem muitas vezes conhecimento ou não controla (por exemplo: se a pessoa tomava anticoagulantes, se sofria de má drenagem linfática); ou não controla, como as condições climáticas, como por exemplo, o facto de que o potencial de redução/oxidação durante uma trovoada pode levar ao acelerar da decomposição.

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