Luto em Época de Pandemia.
Por Dra. Vera Ramos.
Psicóloga Clínica e de Saúde.
“Quando abordamos o luto, estamos a falar de todo um processo que pode ter duração variável, dependendo da vinculação à pessoa falecida e até da própria causa/circunstâncias da morte. Ora, associados estes fatores à perda de um ente querido na fase pandémica, com as restrições impostas, como a limitação do número de pessoas nas visitas ou mesmo nas exéquias fúnebres, o isolamento, o distanciamento social, a ausência de afetos físicos, como o abraço e o beijo, tornam o processo de luto particularmente mais difícil, potenciando mais solidão, maior instabilidade emocional, podendo-se prolongar no tempo, levando a maiores níveis de ansiedade e forte risco de se desenvolver um quadro depressivo.
Devido ao distanciamento social não há, muitas vezes, tempo de despedida por parte dos familiares e, neste sentido, há assuntos que acabam por ficar pendentes, situação que origina mais angústia e sentimentos de culpabilização na pessoa enlutada. O suporte dos amigos e familiares mais próximos é crucial para transmitir empatia e tolerância neste momento difícil e ajudar a pessoa a reorganizar-se por forma a adaptar-se à rotina normal sem a presença do ente falecido.”
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