Dra. Cécile Domingues

Psicóloga

O ritmo frenético da nossa sociedade alicia-nos a consumir mais, ter mais, ostentar mais e sermos mais, deixando pairar a ideia de que somos o que temos. Neste sentido, torna-se muito fácil associar o conceito de identidade aos bens adquiridos, estabelecendo, desta forma, uma ligação entre o que somos e o que possuímos. Todos nós, em algum momento da nossa vida, tivemos um período (curto ou de longa duração) em que acreditávamos que tendo o carro X, a roupa de marca Y, o smartphone Z, seriamos mais felizes. A acumulação de objetos, de coisas, para um único propósito: sentirmo-nos bem, mais confiantes e mais realizados.

Vou ser direta: de forma geral, nós somos acumuladores. Gostamos de acumular coisas, sentimo-nos mais seguros. Acumulamos roupa, sapatos, que pouco ou nunca usamos. Em 2020, com a pandemia, tivemos uma excelente amostra deste tipo de comportamento. No momento do confinamento, uma grande parte das pessoas decidiram armazenar bens essenciais e até papel higiénico. Porquê? Porque, perante a imprevisibilidade da vida, ter coisas deixa-nos mais calmos. Outro tipo de acumulação, é a digital, de todas as vezes que acedemos à internet e guardamos ligações ou imagens para utilizar mais tarde. Na realidade, quando é que usamos esta informação? Quase nunca.

Posto isto, não pretendo assustar ninguém. Apenas quero preparar o leitor para o tema deste artigo, despojando-o de qualquer “pré-conceito”, na medida em que todos nós, de uma forma ou de outra, somos acumuladores.

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