O Luto e as Imagens Dolorosas da Morte: Apoio Psicológico às Vítimas do Terrorismo.

Por Dr. Mauro Paulino – Psicólogo Forense e Dra. Sofia Gabriel – Psicóloga Clínica.

“Um processo de luto, por si só, pode ser uma experiência traumática. Contudo, quando este processo é originado por uma perda violenta, associada a imagens traumáticas e a emoções como a raiva, a revolta e a culpa, a intervenção especializada e precoce torna-se particularmente importante.

A intervenção psicológica no luto no contexto de um ato de terrorismo, envolve dois momentos distintos, designadamente: a intervenção na crise e a intervenção continuada. Estas intervenções são adaptadas às necessidades da pessoa em luto e, por isso, são complementares. Cada uma delas é insubstituível e integra objetivos diferentes.

No que remete para a intervenção em crise, o papel do psicólogo integra, por exemplo, comunicar a notícia da morte aos familiares (APAV, 2010). É imperativo refletir que é, exatamente, a comunicação da notícia que, não raras vezes, inaugura o processo de luto e que, por si só, pode ser um evento traumático (APAV, 2010), o que acentua a importância de este momento envolver a presença de um psicólogo com formação especializada. A intervenção na crise envolve também a identificação e normalização das reações iniciais de stress face ao evento traumático vivenciado. Por sua vez, surge a monitorização destas reações como outro dos objetivos deste momento de intervenção, com o intuito de prevenir a sua evolução e consolidação em patologia (Pereira, 2021).”

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